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Se para alguns clientes terceirizar uma área de trabalho da sua empresa ainda causa o mesmo tipo de angústia como o “deixar um bebé entregue a uma ama 10 horas por dia”; se ainda levanta dúvidas sobre se “eles vestirão a camisola da empresa”; ou se “a imagem da empresa não ficará prejudicada?”, para outros, esta é já uma ferramenta de gestão absolutamente corrente e, na maioria dos casos, de grande sucesso e de bons resultados.

Porquê? Porque o segundo tipo de cliente já “aprendeu” a contratualizar esta “entrega” de gestão de operações a empresas prestadoras de serviços. Já o tem em conta no seu planeamento, na sua acção e no seu controlo.

O nosso país vive uma realidade no mínimo paradoxal no que diz respeito ao mercado de trabalho. Em particular quando falamos da empregabilidade jovem.

Por um lado, Portugal tem uma das taxas de desemprego jovem mais elevadas da Europa; cada vez mais jovens, qualificados e não qualificados, são levados a procurar um futuro mais digno no estrangeiro. Por outro lado, a proliferação de prestações de serviços em regime de ‘nearshoring’ tem atraído ao nosso país um número crescente de cidadãos estrangeiros de países comunitários.

O negócio do outsourcing cresceu exponencialmente nos últimos anos, trazendo mais eficácia, mais qualidade, mais produtividade e menos custos fixos para as organizações, permitindo que estas se concentrem nos processos nucleares do negócio.

O ‘outsourcing’ é uma forma inteligente de as organizações gerirem áreas necessárias, senão fundamentais, à sua atividade, mas fora da sua esfera de ‘expertise’, pelo que prestar serviços às organizações, fornecendo recursos humanos qualificados e gerindo atividades, é uma solução cada vez mais procurada e consensual na «lógica» do mercado, das empresas e do trabalho.