Eficácia operacional e Felicidade das Pessoas são compatíveis?

30.10.2023 / por Rita Correia

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O sucesso das organizações é indissociável do sucesso e felicidade das pessoas que lá trabalham. Esta complementaridade tem-se tornado cada vez mais necessária com os novos modelos de organização do trabalho e com as necessidades e preocupações das novas gerações. Principalmente a geração Z, nascidos após 1995, que valoriza mais a sua felicidade e a possibilidade do salto para novas experiências de modo a alargarem a sua “mundovisão”. 

Perdeu-se alguma capacidade de sofrimento que as gerações anteriores eram forçadas a ter devido a fatores económicos e sociais. E também se perdeu muito do imobilismo associado ao contexto de ter “emprego”. Essas características eram aproveitadas pelas organizações com processos e ambientes de trabalho onde era mais difícil o crescimento pessoal e profissional, pois havia um menosprezo pela individualidade de cada um.

Hoje muito mudou, pois as organizações têm a necessidade de recrutar e reter as melhores pessoas, com condições e ambientes física e mentalmente saudáveis, onde se possam desenvolver e contribuir para o seu sucesso e, em mercados mais competitivos, para a sobrevivência das mesmas.

Neste âmbito, as soft skills são cada vez mais essenciais para trabalhar bem em equipa percebendo o “outro”, seja cliente, colega ou chefe, conjugando a sua formação técnica com elevada capacidade de relacionamento, sem perder a sua afirmação pessoal.

No último evento dos “Momentos Singulares”, organizado pela RHmais e Universidade Aberta, em parceria com a Exame, Cláudia Lourenço, CEO da Procter & Gamble, afirmou que tem de haver coerência nas atitudes, pois se uma pessoa deseja fazer voluntariado e apoio social, esse gosto por ajudar e melhorar o bem-estar à sua volta também deve ser usado com os colegas dentro da organização.

Nesta mesma conferência, Carlos Resende, antigo jogador internacional e treinador de andebol, realçou também que as novas gerações têm de acrescentar à sua desenvoltura técnica e social a capacidade de reagir positivamente ao “não”, porque a sua vida nas diversas facetas – familiar, académica e círculo de amizades – não os está a preparar convenientemente para as adversidades no mundo profissional, com os seus diferentes tipos de stresse e contrariedades.

Relativamente aos modelos de organização (semana de 4 dias, teletrabalho, automatização, etc.) cada empresa deve ajustá-los segundo o seu tipo de negócio de modo a aumentar a eficácia, nunca esquecendo que devem contribuir para o bem-estar das suas pessoas, mas não são “escolas de felicidade”, tendo objetivos e regras externas e internas, nomeadamente promovendo a equidade, e que têm de conseguir sobreviver para poder propiciar excelente ambiente e pagar os salários.


Fonte: Revista Exame - Edição de novembro 2023

Tópicos: RHmais motivação no local de trabalho Felicidade Pertença

Rita Correia

Escrito por Rita Correia

Marketing e Comunicação RHmais

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