Candidatei-me e recebi o silent treatment - o que faço?

May 9, 2022 10:55:00 AM / por Micael Santos

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É tramado.

O silêncio ensurdecedor. Os minutos passam, pautados pelo relógio que parecem nunca mais ditar o fim da espera. Decide candidatar-se a mais oportunidades de emprego, continuando a ver o ponteiro a mexer, na esperança de que agora seja diferente. Mas não é.

É neste momento que cai numa sensação de impotência: a frustração apodera-se lentamente, e o otimismo inicial - alimentado pela ideia de conseguir o seu emprego de sonho - transforma-se numa espiral de desânimo.

Mas esta sensação de transe não será para sempre. Tem, aliás, se assim desejar, os minutos bem contados.

Então, o que poderá fazer? Puxamo-lo de volta para o presente e deixamos-lhe alguns conselhos que poderá seguir para lidar com o silent treatment de um recrutador. Vamos?

Currículo com secções editáveis e constantes atualizações

Porque não, em vez de apostar num currículo que sirva para quaisquer oportunidades de emprego, apostar num que contenha partes ajustáveis? No fundo, parágrafos ou secções que possam ser ajustadas ao perfil pretendido para realçar características que irão valorizar a sua candidatura.

Lembre-se de que as equipas de recrutamento recebem vários currículos e que não será gasto muito tempo num primeiro scan, o que significa que deve dar o seu melhor para que esses segundos de scan inicial contem a melhor e a mais real “história” sobre si. De preferência, claro, com a informação o mais atualizada possível, em especial a que for relevante para a função a que se candidata.

O ponteiro vai rodar poucos segundos. Faça caber neles todo o seu potencial.

Informação na rede profissional igual à que está no currículo

Antes de submeter a sua candidatura, garantiu que a informação que está no currículo é igual ou equivalente à que se encontra na sua rede profissional? Se não, está na hora de o fazer.

Trate-se do LinkedIn ou de outra rede profissional, ter a informação igual mostra que mantém a informação atualizada e que não se contradiz.

Ainda mais crucial do que ter a informação atualizada, ainda mais crucial do que a informação não ser contraditória, é certificar-se, sempre, de que está a dizer a verdade, quer se fale da formação ou da experiência.

As primeiras impressões contam e não queremos que chegue ao ponto de desejar que existisse uma máquina do tempo para "redefinir" uma primeira impressão.

Faça follow-up e use as palavras certas

O tempo não estica. Nem para si, nem para o recrutador. Com isto em mente, é importante escolher as palavras certas, na ordem correta, para comunicar da forma mais eficaz possível.

Detalhes como respeitar o período estimado pelo recrutador até ser dado feedback irá, por um lado, mostrar profissionalismo e, por outro, uma persistência ‘saudável’ para ficar com o lugar.

Tente ser breve, conciso e educado, evitando palavras que imprimam a sensação de culpa no recrutador por não ter respondido no período referido. Isto, claro, não em mais do que dois parágrafos.

Por exemplo, em vez de escrever “já passou muito tempo e ainda não me disseram nada”, pode optar, antes, por “agradeço imenso o tempo que despendeu para a minha entrevista para a função x no dia y. Estou pronto para a fase seguinte e, por isso, gostaria de saber se tem alguma informação adicional sobre o processo de recrutamento”.

Por vezes, não está destinado. Aprenda a seguir em frente

Se, após a entrevista de emprego e alguns follow-ups continuar a não obter resposta, talvez seja o momento para seguir em frente. Aceitar que o ‘tempo acabou’ para uma determinada oportunidade de emprego é aceitar que um ponteiro, num outro relógio, começou a contar para outra que merece a sua atenção. É nisso que tem de se focar.

Tire alguns momentos, também, para refletir sobre o que pode ter contribuído para o tempo esgotar-se mais rápido, isto é, possíveis erros que possa ter cometido na entrevista telefónica, presencial ou na abordagem usada nos e-mails e que contribuíram para uma ausência de resposta.

E talvez a vaga não lhe estivesse destinada. Não nesse momento. Quem sabe, no futuro, a oportunidade volte a surgir. Até lá, siga em frente.

Tópicos: Soft Skills Talentos Candidatos

Micael Santos

Escrito por Micael Santos

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