Ser distinguida com o prémio Happiness Manager 2025 é, para mim, muito mais do que uma conquista profissional. É um sinal de que estou no caminho certo — e um marco muito especial na minha jornada feliz dentro da RHmais, onde tudo começou com o cargo de Assistente de Contact Center.
Lembro-me bem de 2018, quando dizia que era “Gestora de Felicidade” e muitos achavam que era uma anedota. Hoje, este reconhecimento prova que é possível — e necessário — levar a felicidade a sério. Com leveza, com compromisso, e sempre com um sorriso na cara. E isso, para mim, vale tudo.
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Sempre acreditei que a felicidade não é circunstancial — é existencial. Ou és feliz, ou não és. Claro que a vida tem altos e baixos, mas acredito que tomamos decisões que, com o tempo, nos permitem olhar para trás e reconhecer que sim, fomos — e somos — felizes.
No trabalho, a lógica é a mesma. É preciso fazer escolhas que ajudem cada pessoa a reconhecer que é feliz no seu contexto profissional. Mas atenção: isto não é um esforço individual ou unilateral. É um caminho partilhado.
Sou, por natureza, uma pessoa feliz. E nunca fez sentido que essa felicidade ficasse à porta quando chegava ao trabalho. Quando encontramos um propósito maior, quando percebemos o impacto do nosso papel no todo e quando nos revemos nos valores da empresa, criamos uma base sólida para tudo o que vem depois.
A RHmais é, antes de tudo, uma empresa de pessoas para pessoas. Sempre foi. E é isso que a torna tão especial.
A nossa cultura baseia-se numa convicção simples: a felicidade está diretamente ligada aos relacionamentos que construímos e aos resultados que alcançamos. Quando colocamos as pessoas certas nos lugares certos, quando reconhecemos e motivamos, os resultados não só aparecem — como surpreendem. A felicidade aqui não é um bónus. É o motor da nossa forma de estar.
Infelizmente, ainda se associa “felicidade no trabalho” a gestos isolados — uma massagem, uma peça de fruta, um dia diferente. Tudo isso pode contribuir para momentos felizes, mas não constroem uma cultura feliz.
Na RHmais, construir essa cultura implica definir o que não é negociável. É saber para onde queremos ir e alinhar todas as decisões com esse propósito. Quando esse alinhamento existe, criamos espaço para crescimento, autenticidade e felicidade verdadeira.
Acredito profundamente no papel central dos Recursos Humanos neste processo. Todas as fases da jornada do colaborador contam — desde o primeiro contacto até ao momento da saída.
Mais do que aplicar políticas, o nosso papel é garantir que cada ponto de contacto reflete os valores da empresa e reforça a experiência humana que queremos proporcionar.
Quando deixamos de apenas gerir pessoas para verdadeiramente cuidar delas, tudo muda. Passamos de uma abordagem centrada em processos para uma lógica que antecipa necessidades, que escuta e que influencia decisões estratégicas com base no bem-estar..
Pode parecer estranho, mas a felicidade pode — e deve — ser medida. Individualmente, cada um de nós pode fazer esse exercício simples: como nos sentimos ao começar a semana? Temos energia? Motivação? Vontade?
Hoje podem usar-se ferramentas que permitem recolher, de forma contínua e anónima, o estado de espírito/emocional das pessoas. Na RHmais utilizamos questionários com perguntas de concordância e outras com espaço para feedback aberto. E, claro, temos o Estudo Happiness Works, que nos ajuda a diferenciar a felicidade na função da felicidade na organização — algo essencial para sabermos onde atuar.
Ainda há um caminho pela frente na forma como muitas empresas veem o tema da felicidade. É fundamental que se perceba que não se trata apenas de um estado emocional. Trata-se de uma construção estrutural.
Felicidade no trabalho não pode ser responsabilidade de uma só pessoa. Exige liderança, estratégia, cultura e compromisso. As empresas mais conscientes já entenderam que quem se sente bem entrega mais, recomenda mais e fica mais tempo. Mas ainda há quem trate o bem-estar como uma “questão fofinha”, e não como um pilar estratégico.
Felicidade é cuidar de pessoas, sim — mas é também repensar lideranças, processos, oportunidades, equilíbrio e justiça interna. É nesse nível que acontece a verdadeira transformação.
Falar de felicidade no trabalho não é falar de algo abstrato. É falar de estratégia, de cultura, de coerência e, acima de tudo, de coragem. Num mundo onde as pessoas querem mais do que um salário, onde procuram significado, autenticidade e propósito, apostar na felicidade é apostar no que realmente importa.
E posso atestar: Vale a pena.