Gestão de Recursos Humanos: Inovação vs Criatividade

23.2.2017 / por Paulo Loja

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Frank Zappa, mestre da inovação, criatividade e liberdade de expressão no século XX, afirmou "A mente é como um para-quedas, só funciona se estiver aberta" e "Sem desvio da norma, o progresso não é possível".

Será que, em pleno século XXI, a inovação e a criatividade são, não só aceites, como estimuladas no seio de uma organização? Serão ambas consideradas ferramentas fulcrais na persecução do fim último de uma Instituição, independentemente do seu ramo de atividade?

Acredito haver uma base comum quando se pretende estimular a criatividade e a inovação, sendo estas transversais a qualquer atividade individual ou de equipa e a qualquer organização, em maior ou menor grau.

A inovação e a criatividade estão intimamente ligadas ao empreendedorismo e são imprescindíveis para o estabelecimento de posições competitivas diferenciadas. Embora teoricamente aceite, esta ideia perde-se quando uma organização não possui a sua estrutura e/ou a sua cultura orientada segundo estas duas linhas de atuação.

Inovação e Criatividade na Gestão de Recursos Humanos

Na área dos recursos humanos, nos processos de seleção e recrutamento em Portugal, continuam a privilegiar-se as competências mais tradicionais, associadas aos requisitos funcionais, e menos o potencial criativo do candidato e, muitas vezes, os formadores e demais avaliadores de desempenho atuam como fatores restritivos à inovação e à criatividade.

No desporto, por exemplo, ainda se questiona o excesso de transmissão de informação para os jogadores durante os jogos, principalmente nas camadas de formação, que tende a anular a criatividade e o incentivo de risco, por parte do atleta, numa fase evolutiva crucial.

Se ao processarmos os nossos inputs não tivermos a capacidade e a sabedoria de produzir outputs não normalizados, nunca descobriremos novas dimensões nem estabeleceremos novos patamares performativos. Não basta incentivar processos de criatividade e desencadear movimentos de imaginação. É igualmente importante possuir estruturas organizacionais que permitam incentivar e canalizar a nova energia gerada e transformá-la em ações inovadoras e criação de valor.

As organizações têm vindo a valorizar, cada vez mais, a inovação e a criatividade no seu seio, apoiando startups, por exemplo, que procurem novos caminhos no conhecimento e nos negócios. No entanto, ainda não é prática comum. As empresas aplicadoras destas duas ferramentas são as que mais se preocupam com a evolução dos seus colaboradores, na gestão do conhecimento e numa política de reconhecimento do risco.

É fulcral estimular o momento criativo, no qual são aproveitadas as individualidades, as capacidades e os conhecimentos de cada elemento, extrapolando-as para o objetivo da coletividade. É necessário gerir pessoas e gerir processos de uma forma criativa e/ou inovadora, de modo a aumentar a eficácia artística, desportiva, de investigação ou de negócio.

A inovação e a criatividade devem portanto ser uma preocupação permanente e as pessoas e organizações que não tiverem processos de questionamento regular tendem a estagnar e a perder relevância como temos tantos exemplos, principalmente nos últimos 20 anos.

Tópicos: Gestão de RH Recrutamento e Seleção Consultoria de Recursos Humanos

Paulo Loja

Escrito por Paulo Loja

Diretor Comercial e de Marketing Estratégico da RHmais

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